Regras do Futebol - Parte 22 - As Atuais Regras do Futebol - Protocolo do VAR

20/07/2022


PÁGINA INICIAL


FUTPEDIA


MUSICPEDIA


GANTRAX RACING TEAM


Princípios


O protocolo VAR, na medida do possível, está em conformidade com os princípios e filosofia das Leis do Jogo.

O uso de árbitros assistentes de vídeo (VARs) só é permitido quando o organizador da partida/competição tiver cumprido todos os requisitos do Programa de Assistência e Aprovação de Implementação (IAAP) conforme estabelecido nos documentos IAAP da FIFA e tiver recebido permissão por escrito da FIFA.

Princípios

O uso de VARs em partidas de futebol é baseado em uma série de princípios, todos os quais devem ser aplicados em todas as partidas usando VARs.

1. Um árbitro assistente de vídeo (VAR) é um árbitro da partida, com acesso independente às imagens da partida, que pode auxiliar o árbitro apenas no caso de um 'erro claro e óbvio' ou 'incidente grave perdido' em relação a:

uma. Gol/sem objetivo

b. Penalidade/sem penalidade

c. Cartão vermelho direto (não segundo cartão amarelo/cuidado)

d. Identidade equivocada (quando o árbitro adverte ou expulsa o jogador errado da equipe infratora)

2. O árbitro deve sempre tomar uma decisão, ou seja, o árbitro não pode dar 'não decidir' e então usar o VAR para tomar a decisão; uma decisão de permitir que o jogo continue após uma suposta ofensa pode ser revisada.

3. A decisão original dada pelo árbitro não será alterada a menos que a revisão do vídeo mostre claramente que a decisão foi um 'erro claro e óbvio'.

4. Apenas o árbitro pode iniciar uma 'revisão'; o VAR (e outros árbitros) só pode recomendar uma 'revisão' ao árbitro.

5. A decisão final é sempre tomada pelo árbitro, seja com base nas informações do VAR ou após o árbitro ter realizado uma 'revisão em campo' (OFR).

6. Não há limite de tempo para o processo de revisão, pois a precisão é mais importante que a velocidade.

7. Os jogadores e oficiais de equipe não devem cercar o árbitro ou tentar influenciar se uma decisão for revisada, o processo de revisão ou a decisão final.

8. O árbitro deve permanecer 'visível' durante o processo de revisão para garantir transparência.

9. Se o jogo continuar após um incidente que é então revisto, qualquer ação disciplinar tomada/exigida durante o período pós-incidente não é cancelada, mesmo se a decisão original for alterada (exceto uma advertência/expulsão por parar ou interferir com um ataque promissor ou DOGSO).

10. Se o jogo for interrompido e reiniciado, o árbitro não poderá realizar uma 'revisão', exceto em caso de identidade equivocada ou por uma potencial infração de expulsão relacionada a conduta violenta, cuspir, morder ou extremamente ofensivo, insultante e/ou ação(ões) abusiva(s).

11. O período de jogo antes e depois de um incidente passível de revisão é determinado pelas Leis do Jogo e pelo protocolo VAR.

12. Como o VAR irá automaticamente 'verificar' cada situação/decisão, não há necessidade de treinadores ou jogadores solicitarem uma 'revisão'.


Decisões/Incidentes de Mudança de Partida Passíveis de Revisão


O árbitro pode receber assistência do VAR apenas em relação a quatro categorias de decisões/incidentes de mudança de partida. Em todas essas situações, o VAR só é usado após o árbitro tomar uma decisão (primeira/original) (incluindo permitir que o jogo continue), ou se um incidente grave for perdido/não visto pelos árbitros.

A decisão original do árbitro não será alterada a menos que tenha havido um 'erro claro e óbvio' (isso inclui qualquer decisão tomada pelo árbitro com base em informações de outro árbitro, por exemplo, impedimento).

As categorias de decisão/incidente que podem ser revisadas no caso de um potencial 'erro claro e óbvio' ou 'incidente grave perdido' são:

uma. Gol/sem objetivo

  • ataque da equipe atacante na preparação ou marcação do gol (handebol, falta, impedimento etc.)

  • bola fora de jogo antes do gol

  • decisões de objetivo/sem objetivo

  • infração do goleiro e/ou chutador na execução de um pênalti ou invasão por um atacante ou defensor que se envolve diretamente no jogo se o pênalti ricochetear na trave, travessão ou goleiro

b. Pênalti/sem pênalti

  • ofensa da equipe atacante na preparação para o incidente de penalidade (handebol, falta, impedimento etc.)

  • bola fora de jogo antes do incidente

  • local da infração (dentro ou fora da área penal)

  • pênalti concedido incorretamente

  • infração de pênalti não penalizada

c. Cartões vermelhos diretos (não segundo cartão amarelo/cuidado)

  • DOGSO (especialmente posição de ataque e posições de outros jogadores)

  • jogo sujo grave (ou desafio imprudente)

  • conduta violenta, morder ou cuspir em outra pessoa

  • usando ação(ões) ofensiva(s), insultante(s) ou abusiva(s)

d. Identidade equivocada (cartão vermelho ou amarelo)

Se o árbitro punir uma infração e depois der ao jogador errado da equipe infratora (penalizada) um cartão amarelo ou vermelho, a identidade do infrator pode ser revisada; a infração em si não pode ser revisada, a menos que esteja relacionada a um gol, incidente de pênalti ou cartão vermelho direto.


Praticidades


O uso de VARs durante uma partida envolve os seguintes arranjos práticos:

  • O VAR assiste à partida na sala de operação de vídeo (VOR) assistido por um assistente de VAR (AVAR) e operador de replay (RO)

  • Dependendo do número de ângulos da câmera (e outras considerações), pode haver mais de um AVAR ou RO

  • Somente pessoas autorizadas podem entrar no VOR ou se comunicar com o VAR/AVAR/RO durante a partida

  • O VAR tem acesso independente e controle de reprodução de imagens de transmissão de TV

  • O VAR está conectado ao sistema de comunicação usado pelos árbitros e pode ouvir tudo o que eles dizem; o VAR só pode falar com o árbitro apertando um botão (para evitar que o árbitro se distraia com conversas no VOR)

  • Se o VAR estiver ocupado com uma 'verificação' ou uma 'revisão', o AVAR pode falar com o árbitro, especialmente se o jogo precisar ser interrompido ou para garantir que o jogo não seja reiniciado

  • Se o árbitro decidir ver as imagens do replay, o VAR selecionará o melhor ângulo/velocidade de replay; o árbitro pode solicitar outros/ângulos/velocidades adicionais


Procedimentos


Decisão original

  • O árbitro e outros árbitros devem sempre tomar uma decisão inicial (incluindo qualquer ação disciplinar) como se não houvesse VAR (exceto por um incidente 'perdido')

  • O árbitro e outros oficiais da partida não estão autorizados a dar 'nenhuma decisão', pois isso levará a uma arbitragem 'fraca/indecisa', muitas 'revisões' e problemas significativos se houver uma falha de tecnologia

  • O árbitro é a única pessoa que pode tomar a decisão final; o VAR tem o mesmo status que os demais árbitros e só pode auxiliar o árbitro

  • Atrasar a bandeira/apito para uma infração só é permitido em uma situação de ataque muito clara quando um jogador está prestes a marcar um gol ou tem uma corrida clara em direção à área de pênalti do adversário

  • Se um árbitro assistente atrasar uma bandeira por uma infração, o árbitro assistente deve levantar a bandeira se a equipe atacante marcar um gol, receber um pênalti, tiro livre, escanteio ou reposição, ou mantiver a posse da bola após o o ataque inicial terminou; em todas as outras situações, o árbitro assistente deve decidir se levanta ou não a bandeira, dependendo dos requisitos do jogo

Verificar

  • O VAR automaticamente 'verifica' as imagens da câmera de TV para cada gol potencial ou real, pênalti ou decisão/incidente direto de cartão vermelho, ou um caso de identidade equivocada, usando diferentes ângulos de câmera e velocidades de repetição

  • O VAR pode 'verificar' a filmagem em velocidade normal e/ou em câmera lenta, mas, em geral, replays em câmera lenta só devem ser usados ​​para fatos, por exemplo, posição de ataque/jogador, ponto de contato para infrações físicas e handebol, bola fora de jogo (incluindo gol/sem gol); a velocidade normal deve ser usada para a 'intensidade' de uma infração ou para decidir se foi uma infração de handebol

  • Se a 'verificação' não indicar um 'erro claro e óbvio' ou 'incidente grave perdido', geralmente não há necessidade de o VAR se comunicar com o árbitro - esta é uma 'verificação silenciosa'; no entanto, às vezes ajuda o árbitro/árbitro assistente a gerenciar os jogadores/jogo se o VAR confirmar que não ocorreu nenhum 'erro claro e óbvio' ou 'incidente grave perdido'

  • Se o reinício do jogo precisar ser adiado para um 'cheque', o árbitro sinalizará isso segurando claramente um dedo no fone de ouvido/fone de ouvido e estendendo a outra mão/braço; este sinal deve ser mantido até que a 'verificação' seja concluída, pois anuncia que o árbitro está recebendo informações (que podem ser do VAR ou de outro árbitro da partida)

  • Se a 'verificação' indicar um provável 'erro claro e óbvio' ou 'incidente grave perdido', o VAR comunicará essa informação ao árbitro, que decidirá se deve ou não iniciar uma 'revisão'

Análise

  • O árbitro pode iniciar uma 'revisão' para um potencial 'erro claro e óbvio' ou 'incidente grave perdido' quando:

    • o VAR (ou outro árbitro) recomenda uma 'revisão'

    • o árbitro suspeita que algo sério foi 'perdido'

  • Se o jogo já parou, o árbitro atrasa o reinício

  • Se o jogo ainda não tiver parado, o árbitro interrompe o jogo quando a bola está próxima em uma zona/situação neutra (geralmente quando nenhuma equipe está em movimento de ataque) e mostra o 'sinal de TV'

  • O VAR descreve ao árbitro o que pode ser visto nos replays da TV e o árbitro então:

    • mostra o 'sinal de TV' (se ainda não mostrado) e vai para a área de revisão do árbitro para ver as imagens do replay - 'revisão em campo' (OFR) - antes de tomar uma decisão final. Os outros árbitros da partida não revisarão a filmagem a menos que, em circunstâncias excepcionais, sejam solicitados pelo árbitro

      ou

    • toma uma decisão final com base na percepção do próprio árbitro e nas informações do VAR e, quando apropriado, na opinião de outros árbitros da partida - 'Revisão somente do VAR'

  • No final de ambos os processos de revisão, o árbitro deve mostrar o 'sinal de TV' imediatamente seguido da decisão final

  • Para decisões subjetivas, por exemplo, intensidade de um desafio de falta, interferência em impedimento, considerações de handebol, uma 'revisão em campo' (OFR) é apropriada

  • Para decisões factuais, por exemplo, posição de um ataque ou jogador (impedimento), ponto de contato (handebol/falta), localização (dentro ou fora da área penal), bola fora de jogo etc. uma 'revisão em campo' (OFR) pode ser usada para uma decisão factual se ajudar a gerenciar os jogadores/jogo ou 'vender' a decisão (por exemplo, uma decisão crucial decisiva no final do jogo)

  • O árbitro pode solicitar diferentes ângulos de câmera/velocidades de replay, mas, em geral, replays em câmera lenta só devem ser usados ​​para fatos, por exemplo, posição de ataque/jogador, ponto de contato para infrações físicas e handebol, bola fora de jogo (incluindo gol/não meta); a velocidade normal deve ser usada para a 'intensidade' de uma infração ou para decidir se foi uma infração de handebol

  • Para decisões/incidentes relacionados a gols, pênalti/sem pênalti e cartões vermelhos por negar uma oportunidade óbvia de gol (DOGSO), pode ser necessário revisar a fase de ataque do jogo que levou diretamente à decisão/incidente; isso pode incluir como o time atacante ganhou a posse de bola em jogo aberto

  • As Leis do Jogo não permitem que as decisões de reinício (cantos, lançamentos laterais, etc.)

  • Se o jogo for interrompido e reiniciado, o árbitro só pode realizar uma 'revisão' e tomar a sanção disciplinar apropriada, por um caso de identidade equivocada ou por uma potencial infração de expulsão relacionada a conduta violenta, cuspir, morder ou extremamente ofensivo, ação(ões) insultuosa(s) e/ou abusiva(s)

  • O processo de revisão deve ser concluído da forma mais eficiente possível, mas a precisão da decisão final é mais importante do que a velocidade. Por esta razão, e porque algumas situações são complexas com várias decisões/incidentes passíveis de revisão, não existe um prazo máximo para o processo de revisão

Decisão final

  • Quando o processo de revisão estiver concluído, o árbitro deve mostrar o 'sinal de TV' e comunicar a decisão final

  • O árbitro então tomará/alterará/rescindirá qualquer ação disciplinar (quando apropriado) e reiniciará o jogo de acordo com as Leis do Jogo

Jogadores, substitutos e oficiais de equipe

  • Como o VAR 'verifica' automaticamente todas as situações/incidentes, não há necessidade de treinadores ou jogadores solicitarem uma 'verificação' ou 'revisão'

  • Jogadores, substitutos e oficiais de equipe não devem tentar influenciar ou interferir no processo de revisão, inclusive quando a decisão final for comunicada

  • Durante o processo de revisão, os jogadores devem permanecer no campo de jogo; substitutos e oficiais de equipe devem permanecer fora do campo de jogo

  • Um jogador/substituto/jogador substituído/oficial de equipe que exibir excessivamente o 'sinal de TV' ou entrar na RRA será advertido

  • Um jogador/substituto/jogador substituído/oficial de equipe que entrar no VOR será expulso

Validade da correspondência

Em princípio, uma correspondência não é invalidada devido a:

  • mau funcionamento da tecnologia VAR (como para a tecnologia da linha de gol (GLT))

  • decisão(ões) errada(s) envolvendo o VAR (já que o VAR é um árbitro da partida)

  • decisão(ões) de não revisar um incidente

  • revisão(ões) de uma situação/decisão não passível de revisão

VAR, AVAR ou operador de repetição incapacitado

Lei 6 - Os Outros Oficiais de Prova estipula: 'As regras da competição devem indicar claramente quem substitui um oficial de prova que não pode começar ou continuar e quaisquer mudanças associadas.' Em partidas usando VARs, isso também se aplica a operadores de replay.

Como são necessários treinamento e qualificações especiais para ser um oficial de partida de vídeo (VMO)/operador de replay, os seguintes princípios devem ser incluídos nas regras da competição:

  • Um operador de VAR, AVAR ou replay que não pode iniciar ou continuar só pode ser substituído por alguém qualificado para essa função

  • Se nenhum substituto qualificado for encontrado para o VAR ou operador de replay,* a partida deve ser jogada/continuada sem o uso de VARs

  • Se nenhum substituto qualificado for encontrado para o AVAR,* a partida deve ser jogada/continuar sem o uso de VARs, a menos que, em circunstâncias excepcionais, ambas as equipes concordem por escrito que a partida pode ser jogada/continuar apenas com o VAR e o operador de repetição

*Isso não se aplica quando houver mais de um operador AVAR/replay.



Referências Bibliográficas: